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Luta anticapacitista em pauta no Conselho Federal
4 de fevereiro de 2025
ASCOM CRESS/MA

 

FONTE: CFESS

 

Resoluções do CFESS em Libras estão disponíveis.

 

Card 1: texto: “A luta anticapacitista é bandeira do Serviço Social”.   Imagem: No topo, logo do CFESS. Ao centro, foto de participantes da oficina sobre audiodescrição. As pessoas estão em pé, dentro de um auditório, atrás de uma mesa. Ao redor da foto, há três ilustrações: uma árvore símbolo do Código de Ética; um girassol representando deficiências ocultas; e o símbolo universal da acessibilidade. Fundo amarelo.

Arte: Rafael Werkema/CFESS

 

 

Que o combate ao preconceito contra pessoas com deficiência (o capacitismo) é uma bandeira de luta do Serviço Social, todo mundo já sabe. O Conjunto CFESS-CRESS assumiu este compromisso e vem construindo Comitês Anticapacitistas no Conselho Federal e nos Conselhos Regionais. Deles podem participar assistentes sociais com e sem deficiência, para fortalecer a luta contra o preconceito dentro e fora da categoria. O Comitê Anticapacitista do CFESS se reuniu na quarta-feira, 29/1, na sede do conselho, em Brasília (DF). 

 

Na pauta, o debate girou em torno do planejamento de 2025, constante do plano de ação do CFESS. O grupo dialogou sobre as deliberações com a pauta anticapacitista, que estão presentes em outros eixos temáticos do CFESS, como o debate do GT do processo eleitoral e diretrizes para os comitês, o que está localizado na Comissão Administrativo-Financeira.  

 

“Outra reflexão realizada pelo comitê foi sobre a necessidade de rompermos com a compreensão médica da deficiência, ainda presente de forma hegemônica na sociedade e refletida na categoria do Serviço Social. Portanto, há que se avançar na perspectiva do modelo social de deficiência, o qual concebe que a deficiência é produto da interação entre impedimento e barreiras produzidas socialmente, considerando o modo de produção capitalista, como grande produtor de deficiência”, explica a coordenadora do comitê, conselheira Alana Rodrigues. 

 

Como uma das próximas ações do Comitê, o grupo debateu o planejamento da formação para trabalhadoras e trabalhadores do CFESS sobre anticapacitismo e acessibilidade, que ocorrerá em junho de 2025. Um dos pontos ressaltados foi a importância da incorporação da pauta também por pessoas sem deficiência, como aliados na luta, destacando também a atenção fundamental para evitar o uso de expressões capacitistas no cotidiano. 

 

Oficina sobre audiodescrição 

 

Já na quinta-feira (30/1), as integrantes do comitê, a gestão do CFESS, trabalhadoras e trabalhadores do conselho participaram de uma oficina sobre estratégias de acessibilidade e de eliminação de barreiras comunicacionais impostas cotidianamente às pessoas com deficiência. A oficina teve como foco a audiodescrição e descrição de imagens e foi organizada pela Comissão de Comunicação e pelo Comitê Anticapacitista do CFESS. A atividade foi conduzida por Mylena Rodrigues e Felipe Mianes, pessoas com baixa visão que integram o curso ‘Audiodescrição em Todos os Cantos’. 

 

 A oficina oportunizou o aperfeiçoamento dos processos formativos e políticos no campo da audiodescrição. “O Conjunto CFESS-CRESS reafirma o compromisso ético- político com a promoção da garantia da acessibilidade. Seguimos avançando em prol da efetivação dos direitos das pessoas com deficiência, com vistas a tornar os espaços mais acessíveis e dignos de serem ocupados por todas as pessoas”, avaliou Daiane Mantoanelli, assistente social que compõe o comitê. 

 

Segundo Mianes, “a audiodescrição é um ato político, de participação social que deve garantir o acesso a informações, sensação e percepções contidas nas imagens”. Na palestra, ele destacou que as diretrizes brasileiras sobre audiodescrição estão definidas na NBR 16.452, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
 
Um ponto trazido por Mylena durante a oficina tratou da forma de como se produzir uma audiodescrição. “Partimos do entendimento de que a estratégia é chamada de audiodescrição, e não autodescrição. Nesse sentido, descrever uma imagem é fazer escolhas das principais informações, dentro de um contexto que traduza compreensão para a pessoa com deficiência”, explicou. “Portanto, a audiodescrição é o ato de transformar ou traduzir para áudio aquilo que se vê, ou seja, é a tradução do meio visual para o verbal”, observa. 

 

Na oficina, Mylena e Felipe também enfatizaram que existe uma ordem na hora de descrever a si próprio: partindo do nome, características pessoais, normalmente da parte superior para a parte inferior do corpo (de cima para baixo), em média 3 a 4 características, de forma objetiva e concisa. 

 

“Audiodescrição não é privilégio, é equiparação”, afirmou Milanes, ao explanar que tudo que se vê em uma imagem pode ser traduzido para a audiodescrição, de forma que a pessoa com deficiência tenha o entendimento integral do que está sendo descrito. 

 

Para a conselheira do Comitê Anticapacitista do CFESS, Alana Rodrigues, a atividade foi essencial, em especial diante da iminente realização do Seminário Nacional Serviço e a Luta Anticapacitista, que ocorrerá em Recife (PE) nos dias 4 e 5 de abril “Muito importante o aprendizado contínuo sobre o tema e a ênfase dada em virtude de uma deliberação da categoria no Encontro Nacional. Por isso, a participação democrática dentro do conjunto CFESS-CRESS é fundamental e a diversidade da composição das delegações enriquece nossas pautas e ações”, completa Alana. 

 

De acordo com Felipe e Mylena, a acessibilidade é uma oferta, é uma estratégia de educação das pessoas. “Sempre ressaltamos que não existe acessibilidade plena, pois cada pessoa com deficiência é única, mas é fundamental o esforço pela garantia do acesso da informação ao maior número possível de pessoas”, completou Mylena. 

 

Resoluções disponíveis em Libras 

 

Em mais uma importante ação para ampliar o acesso das produções e normativas do CFESS ao maior número de profissionais, o Conselho lança também 12 resoluções traduzidas para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), selecionadas coletivamente pelo grupo de trabalho composto por assistentes sociais com e sem deficiência e representantes do Conjunto CFESS-CRESS, que trabalhou no debate sobre a acessibilidade em 2022.  
 
Em formato de playlist no canal do CFESS no YouTube, o conteúdo das resoluções fica agora disponível, juntamente com o Glossário em Libras do Serviço Social, lançado em 2024. 
 
Clique aqui para conhecer as resoluções em Libras 

 

 

Conselho Regional de Serviço Social do Maranhão / CRESS-MA 

Gestão "Resistir e Esperançar” – 2023/2026

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